Começou, nesta segunda-feira, 5, no Vaticano, a XIV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, que se prolongará até o dia 24 de outubro de 2015 com o tema: “A Vocação e a Missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo”. 258 padres sinodais presentes. De acordo com programa de trabalhos, duas congregações gerais, uma pela manhã e outra pela tarde.
O Papa Francisco iniciou os trabalhos, saudando os presentes e dando as primeiras indicações. Depois, o chamado “Relatório Antes das Discussões”, apresentado pelo Relator Geral do Sínodo, Cardeal Erdö de Budapest. Foi amplo e articulado, trazendo os temas desde o Sínodo Extraordinário, outubro do ano passado e as reflexões dos últimos meses. Depois do Relatório Geral, o Presidente Delegado, André Vingt-Trois, Cardeal-Arcebispo de Paris, acolheu a todos, sublinhou que o sínodo é caminho de comunhão, não prova de força e abriu a palavra para os presentes.
Entre as primeiras intervenções, as palavras do Secretário Geral do Sínodo, Cardeal Lorenzo Baldisseri, repercorrendo o percurso da organização do Sínodo e as novidades de método para o bom êxito dos trabalhos. Em seguida, o testemunho de um casal mexicano, Gertrudiz Clara Rubio de Galindo e Andrés Salvador Galindo López, agentes da Pastoral Familiar. Em seguida, alguns bispos intervieram partindo dos desafios para família nos tempos de hoje.A segunda congregação geral, na parte da tarde, prosseguiu as intervenções dos padres sinodais sobre os desafios da família. Das 18h00-19h00, intervenções livres.
Os sofrimentos do mundo e as injustiças que marcam muitos países nas intervenções de muitos bispos deixam em segundo plano os temas sobre comunhão aos divorciados de segunda união e outros temas mais badalados pela mídia.
Na entrevista coletiva, as intervenções do Presidente Delegado, André Vingt-Trois; o Relator Geral, Peter Erdö e Secretário Especial, Dom Bruno Forte. Citamos algumas frases referidas pela imprensa:
“Não penso que o Papa Francisco esteja completamente submetido aos ares dos tempos: ele é um homem livre” (André Vingt-Trois, Presidente Delegado).
“O desenvolvimento da doutrina sobre o matrimônio não deve ser dar desvinculado da tradição: é um crescimento orgânico que parte do episcopado romano e se enriquece com a contribuição de todos os episcopados” (Peter Erdo, Relator Geral)
“Este Sínodo não é doutrinal, mas pastoral, como o foi o Concílio Vaticano II, porque mostra a Igreja próxima das pessoas de nosso tempo […] Não queremos fechar os olhos diante dos desafios, temos um senso amplo de responsabilidade pelas esperanças e sofrimentos das famílias” (Bruno Forte, Secretário Especial do Sínodo).
Hoje, 6 de outubro, na parte da manhã, continuam as intervenções dos bispos e nas reuniões da tarde e início da noite, isto é, até 19h00, primeira sessão dos chamados “círculos menores”: eleição dos moderadores e relatores e discussões temáticas.
Dom Josafá Menezes (Bispo de Barreiras)

LITURGIA DIÁRIA